quarta-feira, 9 de abril de 2008

Por tantas razões

(Célia de Lima)

Se as águas que fazem canção
já não têm nota cristalina,
que melodia triste aquela
que inunda a face da menina!
É denso o vento, turvo o dia,
e o teto, em telhas, vai ao chão...
Por tantas razões desbarranca
uma enxurrada de ilusão!
Na correnteza vão seus sonhos,
e algum bem que de bem se fez...
Que pobres motivos os levam,
e a risos, paz, vidas talvez...


(dezembro de 2006)